Victor Zirondi
segunda-feira, 26 de março de 2012
segunda-feira, 19 de março de 2012
As Fontes de Silício (Silicatos)
As Fontes de Silício (Silicatos) Introdução A maioria dos solos contém consideráveis quantidades de silício. Apesar disso, cultivos consecutivos podem reduzir o nível deste elemento até um ponto em que a adubação seja necessária. Segundo Korndörfer et al. (1999a), os valores de Si, no solo, extraídos com ácido acético 0,5 mol L-1 inferiores a 20mg dm-3, em geral indicam a necessidade de adubação com Si. De acordo com os mesmos autores, estes solos apresentam boa resposta à aplicação de silício. Acima desses valores, as repostas tendem a ser mais discretas. O silício (Si) não é considerado elemento essencial para o crescimento das plantas. No entanto, a produtividade de muitas gramíneas, como arroz, cana-de-açúcar, sorgo, milheto, aveia, trigo, milho, e algumas espécies não-gramíneas como alfafa, feijão, tomate, alface e repolho, apresentam aumentos de produtividade com o aumento da disponibilidade de Si no solo Elawad & Green, 1979; Korndörfer & Lepsch, 1999) acima desses valores, as repostas tendem a ser mais discretas. Os silicatos são as principais fontes de Si para a agricultura, mas para que sejam empregados é necessária a retirada dos metais pesados, algumas vezes em alta concentração, o que pode provocar sérios problemas ambientais. As características consideradas ideais para uma fonte de Si para fins agrícolas são: alta concentração de Si-solúvel, boas propriedades físicas, facilidade para a aplicação mecanizada, pronta disponibilidade para as plantas, boa relação e quantidades de cálcio (Ca) e magnésio (Mg), baixa concentração de metais pesados e baixo custo. Análise Química: (teores médios) Método de Análise por Absorção Atômica (Fonte: UFV/ABCP) SiO2 - 23% P2O5 - 0,42% K2O - 0,19% SO3 - 0,37% Fe2O3 - 11% MnO - 1,8% Mo 0,400 µg.g-1 Zn - 0,133 µg.g-1 N - 0,1 % CaO - 54% MgO- 12% Aspectos Físicos: Ggranulometria uniforme; Bom desempenho operacional; Menor deriva pelo vento na aplicação. Solubilidade no Solo: Calcário (Carbonato de cálcio) 0,014g/l; Silicato (Silicato de cálcio) 0,095g/l. O Silicato de Cálcio é 6,78 vezes mais solúvel que o calcário, portanto, ocorrem reações com maior velocidade, resultado em menor espaço de tempo, para que se efetue sua ação corretiva. Vantagens do Silicato: Correção de acidez do solo; Fornecimento de Silício (Si) solúvel; Fornecimento de micronutrientes. Benefícios do Silício (Si) para a agricultura: Aumenta a resistência da parede celular; Aumenta a resistência das plantas à incidência de doenças e pragas; Regula a evapotranspiração (maior economia de água); Aumenta a rigidez estrutural dos tecidos reduzindo desta forma a susceptibilidade ao acamamento; Melhora a arquitetura da planta; Proporcionando menor sombreamento e folhas mais eretas, com maior absorção de CO2; Aumenta a taxa fotossintética; Aumenta a tolerância a elementos tóxicos; Aumenta a produtividade. Benefícios do Silício (Si) para o meio ambiente: Diminui o emprego de fungicidas; Diminui o uso de inseticidas; Mantêm os inimigos naturais contra as pragas; Melhora o aproveitamento da água; Preserva a camada de ozônio pois não emite CO2 para atmosfera. IV – LITERATURA CITADA Agarie, S.; Hanaoka, N.; Ueno, O.; Miyazaki, A.; Kubota, F.; Agata, W.; Kaufman, P. B. Effects of silicon on tolerance to water deficit and heat stress in rice plants (Oryza sativa L.), monitored by electrolyte leakage. Plant Production Science, Tokyo, v.1, n.1, p.96-103, 1998. Alves,J.D.,Gontijo Guimarães, P.T. Pozza, A.A.A. Reis,T.H. e Vilela, H. CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DE CINCO FONTES DE SILÍCIO. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL. LAVRAS – MINAS GERAIS, Janeiro, 2007. Deren, C. W.; Datnoff, L. E.; Snyder, G. H.; Martin, F. G. Silicon concentration, disease response, and yield components of rice genotypes grown on flooded organic histosols. Crop Science, Madison, v.34, n.2, p.733-737, 1994. Epstein, E. The anomaly of silicon in plant biology. Proceedings of the National Academy of Sciences, Washington, v.91, n.1, p.11-17, 1994. Marschner, H. Mineral nutrition of higher plants. 2.ed. San Diego: Academic Press, 1995. 889p.
CANA FORRAGEIRA C.V. IAC 86-2480
CANA FORRAGEIRA C.V. IAC 86-2480
O Brasil é hoje o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo. A área cultivada atinge aproximadamente 5,5 milhões de hectares. Estima-se que 10% desta produção destina-se a alimentação animal. Assim, nesta área seriam produzidos algo em torno de 30 milhões de toneladas de forragem verde. Isto seria o suficiente para suplementar 15 milhões de bovinos durante 150 dias ao ano. Hoje, a cana-de-açúcar tem se tornado um volumoso de uso preferencial entre os pecuaristas por apresentar características tais como a possibilidade de sua conservação mediante silagem, persistência da cultura e o grande rendimento obtido em nossas condições.
Contudo, a silagem obtida apresenta um alto nível de etanol alcançando valores de até 21% o que resulta em um produto que inviabiliza o processo de ensilagem devido as perdas observadas dentro e fora do silo. Tornar-se-ia importante a utilização de um aditivo biológico que promoveria uma redução na produção de álcool.
Outro aspecto, diz respeito ao perfil qualitativo da cana como volumoso relacionado principalmente a digestibilidade da fibra e seu conteúdo de açúcar. Na prática, esse aspecto tem sido negligenciado como se todas as variedades de cana em qualquer tempo de seu desenvolvimento fossem iguais para a produção forrageira. Vários trabalhos mostram que este fator deve ser considerado de modo mais efetivo.
Recentemente, a cultivar de cana-de-açúcar IAC 86-2480, recém obtida por processo de seleção, tem se destacado como nova opção para a finalidade forrageira com sua utilização racional para produção de leite e de carne. Esta variedade, é um híbrido interespecífico resultante de um cruzamento manual envolvendo o parental US 71-399 que recebeu pólen de uma variedade desconhecida.
Algumas características importantes desta nova cultivar:
Boa produtividade (300t/ha em três anos);
Ótimas características fenológicas;
Resistência ao acamamento;
Ausência de florescimento;
Menor teor de FDN (44,18%); maior teor de açúcar;
Maior digestibilidade "in vitro" da matéria seca durante o ano (65,90% em maio e 63,37% em agosto);
Melhor desempenho animal quando comparada com as variedades comuns (0,890kg/dia x 0,760kg/dia).
O conceito que as melhores variedades de cana-de-açúcar forrageira seriam aquelas que apresentassem alta proporção de folhas e palmitos em relação a massa verde total (Boin et al.,1987), não tem hoje mais sustentação. Rodrigues et al. (2002) coloca como fator principal da qualidade da cana, seu teor em açúcar. Portanto, os fatores mais importantes para seleção de uma variedade forrageira seriam o seu teor em açúcar, produção de forragem (MS) e teor de fibra (FDN). A composição da planta de cana é apresentada no Quadro 1.
Quadro 1 - Composição da planta de cana-de-açúcar forrageira.
PARTES DA PLANTA COMPOSIÇÃO - %
FORRAGEM VERDER FORRAGEM SECA - MS
Colmo (caule) 78,7 76
Pontas (flecha) 9,5 7,8
Folhas verdes 6,4 6,7
Folhas secas 3,1 7,3
Bainha 2,3 2,2
Outros fatores desejáveis são porte ereto da touceira, planta tardia, resistencia às pragas e doenças. A composição bromatológica da cana-de-açúcar torna-se importante, face aos novos conceitos sobre as características desejáveis da planta e seu valor nutritivo. A composição bromatológica da cana-de-açúcar obtida por Melo et al. (2004), com a variedade IAC86-24-80 comparada com os resultados mostrados por Landell et al. (2002), com 66 variedades é apresentada no Quadro 2.
COMPONENTES COMPOSIÇÃO
IAC (2002) MELO et al. (2004)
MS Total (%) 17,00-30,00 25,88
PB (%) 1,06-3,06 2,38
FDN (%) 67,70-42,56 43,02
FDA (%) - 25,80
LIGNINA 4,60-8,43 10,74
HEMECELULOSE - 17,22
CELULOSE - 23,24
NDT - 64,55
CHO-SOL 32,30-57,44 43,80
DIVMS 40,04-64,10 59,53
Segundo Nussio (2004) de modo geral uma célula de cana-de-açúcar apresenta as seguintes características, 55% de parede celular e 45% de conteúdo celular com 40 e 90% de digestibilidade respectivamente. A composição bromatológica média da cana-de-açúcar é de 26 a 34% de MS, 2,5 a 3,5% de PB, 52 a 57% de FDN, 2,5 a 5,5% de cinzas e 56 a 63% de NDT.
Segundo Gooding (1982), variedades com menor teor de fibra (FDN) e lignina permitirão maior consumo de açúcar do que aquelas com maior teor de fibra. Portanto, segundo este autor é importante conhecer a relação fibra/açúcar adequada para a alimentação de ruminantes. Trabalho de Rodrigues, et al. (1997 e 2001), mostraram inicialmente, que esta relação variava de 2,3 a 3,4. Posteriormente, verificou uma variação mais larga de 2,88 a 4,14 para a ralação o FDN:POL, com 16 variedades de cana. Observaram que as melhores variedades neste sentido foram as IAC86
IV - LITERATURA CONSULTADA
GOODING, E.G.B. Effect of quality of cane on its value as livestock feed. Trop. Anim. Prod., v.7, n.1, p.72-91, 1982.
NUSSIO, L.G., SCHMIDT, P. Tecnologia de produção e valor alimentício de silagem de cana-de-açúcar. Reunião técnica sobre produção de silagem de capim e cana de açúcar. Piracicaba - SP. Novembro de 2004.
TORRES, R.A., COSTA, J.L. Uso da cana-de-açúcar na alimentação animal. In: Simpósio de Forragicultura e Pastagens, 2, 2001, Lavras, MG. Anais... Lavras: UFLA, 2001. p.1-14.
segunda-feira, 5 de março de 2012
Aula Lab. de Informática
Prof: Cristiane Castro Yanamara
Aluno: Victor Hugo Zirondi Rodrigues
Curso: Agronomia, UENP - Bandeirantes
Número de Matrícula: 6546
Aula de Lab. de Informática
Aluno: Victor Hugo Zirondi Rodrigues
Curso: Agronomia
Número de Matrícula:6546
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